Filme: “Jerry Maguire – A grande virada”

Jerry MaguireJerry Maguire é um dos melhores agentes esportivos que trabalha em uma grande agência com várias estrelas do esporte como seus clientes. Porém, com o passar do tempo, verifica que um trabalho que visa o desenvolvimento de pessoas utilizando os relacionamentos passa a ser algo impessoal, sem escrúpulos, sem a preocupação com as pessoas, mas apenas com dinheiro, patrocínios, contratos, números.

Sem conseguir dormir, pensando em sua vida, resolve elaborar uma declaração de metas para a empresa onde trabalha, tira cópias e distribui para todos os agentes que o parabenizam pela coragem e reforçam o que havia escrito, que a empresa deveria se preocupar não com o número de clientes que cada agente possui, mas com a qualidade de relacionamento entre eles. Afinal, acredita que cada agente deve ser responsável em cuidar com muito carinho de cada cliente e sua família, dando um atendimento todo especial, pois são pessoas e não produtos inanimados, sem sentimentos.

Mas, Jerry fica muito mal visto com essa atitude, pois nesse mundo capitalista, o que importa é ter cada vez mais clientes, ganhando muito mais dinheiro. Sendo assim, é despedido e ao mesmo tempo perde a noiva que o chama de perdedor.

A única que o acompanha é Dorothy que trabalhava na empresa como contadora e admirada com sua declaração de metas e apaixonada por ele, resolve segui-lo na nova empreitada.

Jerry não consegue segurar seus antigos clientes, com exceção do jogador polêmico e falastrão de futebol americano, Rod Tidwell que continua com Jerry e deseja ganhar muito e muito dinheiro.

Porém, não é fácil trabalhar com Rod, pois reclama de tudo e de todos, é visto como um jogador problema e sem futuro, pois é baixinho para os padrões, apesar de ser talentoso.

Quando parece que tudo está perdido, acontece uma grande surpresa… que você só saberá assistindo ao filme todo.

Mas, enfim, o que podemos tirar de aprendizado com este filme? Vamos analisar sob algumas óticas.

Empresa e funcionários:

As empresas estão em pé de guerra para conseguir manter seus talentos, gastam muito no processo de seleção, depois em treinamento e em muito pouco tempo, vários desses talentos buscam outras oportunidades. Na visão de várias empresas, o que acontece é que esses funcionários querem ganhar mais, ter mais benefícios, são ingratos e infiéis. Já fui funcionária e após isto, tenho percorrido as empresas como instrutora de treinamento e consultora e vejo que apesar de muitas empresas terem um discurso de preocupação com o funcionário, na realidade, sua preocupação está apenas no resultado que busca, porém esquecem que esse resultado só será atingido se tiver pessoas saudáveis, equilibradas e felizes.

E o que encontro? Cada vez mais pessoas estressadas, super pressionadas (pela empresa que quer cada vez mais e pela família que implora sua presença), solitárias, infelizes. Não sou defensora do paternalismo empresarial de que a empresa é uma grande família, mas acredito, sinceramente, que os funcionários devem ser vistos como pessoas e serem respeitados.

Por outro lado, vejo cada vez mais funcionários sem um sentido na vida, pois não sabem o que desejam para seu futuro a longo prazo, acarretando também, a busca do emprego perfeito (sinto dizer que é muito difícil encontrar), sendo assim, ficam pulando de galho em galho. Nos treinamentos que ministro, sempre me perguntam: “em todas as empresas acontece o mesmo que aqui?”. E a resposta é sempre a mesma: “algumas coisas mais outras menos, mas no geral é tudo igual!”. A partir desse momento, muitos começam a estabelecer suas metas, buscando um sentido para sua vida e seu trabalho.

Empresas e clientes

Como cliente, posso afirmar que normalmente, somos considerados bons quando compramos e pagamos bem, caso contrário, seu histórico em nenhum momento é lembrado. Tenho um amigo que possui uma ótica há muitos anos, sempre teve inúmeros fornecedores, porém como muitos empreendedores, teve alguns problemas financeiros e deixou de pagar algumas contas e o que aconteceu? Vários fornecedores deixaram de vender e sumiram sem deixar rastro, mas alguns continuaram o relacionamento, mesmo com algumas exigências.

Há pouco tempo, meu amigo conseguiu reestabelecer seu crédito e quem apareceu com a maior cara de pau para vender seus produtos? O fornecedor que em nenhum momento foi seu parceiro, que o deixou sem produtos. E o que ele fez? Despachou o vendedor com toda a categoria, afinal conseguiu viver sem seus produtos e por que precisa dele agora? Meu amigo dá a prioridade de compra para aqueles que continuaram com ele apesar dos problemas.

 Acredito que esse filme, deixa 3 lições que devemos nos ater:

1. Ter uma declaração de metas – o que desejo para meu futuro? Onde quero chegar? O que quero fazer e como? Isto me ajudará a tornar meu dia mais intenso e com um sentido.

2. Amar tudo o que faz – isso será possível se eu estabelecer minhas metas, pois por mais que sejam coisas banais e às vezes chatas, sei o porquê disso e farei com prazer, pois sei que isto faz parte da minha jornada.

3. Os relacionamentos são importantes – pois por meio deles é que abrimos novas portas, conseguimos ajuda para atingir nossos objetivos, podemos ajudar e com isso, buscar um constante desenvolvimento.

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